O 8º Hábito de Stephen Covey

No texto anterior falamos sobre os 7 Hábitos das pessoas altamente eficazes, (https://bit.ly/2Cts2zB).

Já o 8º hábito propõe que se encontre a voz interior e que isso inspire os outros a encontrar as delas.
Mas o que é a “voz”?

“A voz é o nexo entre o talento (nossos dons e pontos fortes naturais), a paixão (aquelas coisas que nos energizam, empolgam, motivam e inspiram), a necessidade (incluindo o que o mundo precisa tanto que nos paga por isso) e a consciência (essa pequena voz silenciosa dentro de nós que nos diz o que é certo).”

Essa nova ação tem o propósito de tornar o ser humano uma pessoa mais completa no relacionamento com os outros, reconhecendo que todos temos a capacidade de nos tornarmos grandes e inspirar outros a essa grandeza.

Essa nova atitude atende ao desafio da transição da Era do Trabalhador do Conhecimento para a Era da Sabedoria.
Vale lembrar que, historicamente, a civilização passou pela era do Caçador e do Coletor, pela Era Agrícola, pela Era Industrial, pela Era da Informação\ do Trabalhador do Conhecimento.

Vimos, com o passar dos anos, o humano saindo em busca de sua própria alimentação com um pedaço de madeira e pedra. Depois, veio a era em que o homem passou a plantar seu alimento, até que veio a era industrial, em que a máquina aumentou a produtividade de todos os processos, na qual o importante era as coisas e o capital. Os próprios trabalhadores eram considerados coisas. Coisas em mente, sem coração ou espírito.

A era industrial trouxe uma visão contábil, que tornou as pessoas em despesas e as máquinas em ativos, como investimentos.

Chegamos à era da informação, mas sem deixar para trás os resquícios da era industrial. Muitos executivos das corporações ainda tratam seus trabalhadores como coisas. O que insulta, cria cultura de baixa confiança e revolta.
A maioria das pessoas deixa de acreditar em si. Deixa de acreditar que também pode ser líder. A maioria não tem inciativa, espera que alguém lhes diga o que fazer e culpam os líderes quando algo dá errado.

É uma conspiração silenciosa, que esconde dentro das organizações pessoas brilhantes, talentosas e criativas. Pessoas que se sentem tolhidas, subvalorizadas e pouco inspiradas.

O fato é que cada vez mais as empresas deixam de se beneficiar de grande parte de sua mão de obra talentosa e cada vez mais pessoas estão insatisfeitas com seu trabalho. É a causa e consequência da ausência da visão fundamental da natureza humana, que se alicerça em quatro dimensões: corpo, mente, coração e espírito.

Tais dimensões englobam as quatro necessidades e motivações básicas de todas as pessoas: viver (sobreviver), amar (relacionamentos), aprender (crescimento e desenvolvimento) e deixar um legado (significado e contribuição).

Para quebrar esse paradigma, ou seja, esse padrão enraizado, é preciso praticar o que a Era do Trabalhador do Conhecimento exige: atingir um novo paradigma, o da pessoa integral.

Alcançar a meta da pessoa integral e quebrar o paradigma da pessoa “coisificada”, da pessoa parcial, passa, necessariamente, por uma mudança de dentro para fora.

Conforme o autor, Stephen Covey, muitas das mudanças culturais que criaram organizações que sustentam o crescimento, a prosperidade e as contribuições para um mundo melhor, começaram pela escolha de um líder, que, por sua vez, mudou a forma das relações internas com seu caráter, competência, iniciativa e energia positiva, inspirando outras pessoas.

Mas de onde uma pessoa tira força para nadar contra a corrente, lutar contra culturas negativas arraigadas, contra os interesses egoístas?

Com sabedoria, encontram e usam a sua voz, e influenciam e inspiram aos outros a achar a própria voz, valendo-se dos princípios da pessoa integral: corpo, mente, coração e espírito.

Como isso é feito? Há, ao menos, duas opções a seguir. Como um caminho a percorrer: de um lado está o caminho da mediocridade e o outro, o menos percorrido, o da grandeza.

O primeiro, da mediocridade, inibe o potencial humano. Ele representa a tolerância da mesquinharia, comparação, competição e vitimização.

Já a opção da grandeza é um processo de crescimento sequencial de dentro para fora, que foge das influências culturais negativas e segue para o encontro da própria voz.

Bem no fundo de cada um de nós há um anseio interior de viver uma vida de grandeza e contribuição. Fazer a diferença.

Mas isso não se consegue percorrendo o caminho mais fácil!
Obtém-se êxito ao viver uma vida de grandeza e de contribuição, seja em casa, no trabalho ou na comunidade.

As organizações que tiverem pessoas que expressem toda a sua voz alcançarão um novo patamar, tanto na produtividade, quanto na inovação, liderança de mercado e na sociedade. E as pessoas que optarem por seguir o caminho menos percorrido, o da grandeza, terão a chance de descobrir sua voz interior, conhecendo sua verdadeira natureza.

Entretanto, não basta descobrir sua vez e mantê-la para si. É preciso inspirar outras pessoas a fazer o mesmo.
Esse é o poderoso progresso: ensinar aos outros o que se aprendeu e aplicar sistematicamente o que se aprende, pois saber e não fazer é realmente não saber. Mãos a obra!!!

Cleci Marchioro-   Trainer Líder Coach do ICA – Instituto de Coaching Avançado e idealizadora da Rede Crescer DH.

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