Frases famosas no campo da administração como “as pessoas são contratadas pelas suas competências técnicas, mas são demitidas por seus comportamentos”, atribuída a Peter Drucker, ou “contrate caráter, treine habilidades” do então CEO da Porsche, Peter Schutz, nos abrem os olhos para a relevância tanto do aprofundamento no conhecimento técnico profissional quanto para o constante desenvolvimento das habilidades interpessoais.

“Hard skills” e “soft skills” entraram no linguajar corporativo para evidenciar a diferença entre as competências práticas e as comportamentais. Enquanto as hard skills se referem a tudo aquilo que se sabe tecnicamente e a toda a formação acadêmica, as soft skills dão conta dos aspectos interpessoais e subjetivos de cada indivíduo, de modo que possibilitem a melhor performance das hard skills.

Por muito tempo, valorizou-se muito mais a natureza técnica dos profissionais sem se considerar adequadamente suas relações com o trabalho como um todo, incluindo colegas, chefes e clientes.

As hard skills que constavam no currículo já bastavam para as instituições decidirem pela contratação, sob o alto risco de prematuros rompimentos de contratos em virtude de deficiências comportamentais que foram negligenciadas tanto pela empresa quanto pelo próprio profissional, ocasionando ainda mais prejuízos a ambos.

Atualizar-se e aprofundar-se nas minúcias técnicas do trabalho é base para o desenvolvimento de carreira e manutenção de empregos.

Todavia, aspectos interpessoais como comunicação eficaz, empatia, senso de colaboração, organização, flexibilidade e gestão de conflitos vem ganhando igual importância nos cenários profissionais, lembrando-nos que, em toda e qualquer atividade, estaremos trabalhando com pessoas, para pessoas.

Marcelo Pelissioli, aluno formado pelo ICA.

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